sábado, 7 de junho de 2008

Conar suspende campanha da C&A

O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) suspendeu em caráter liminar a campanha "Papai-mamãe não", criada pela DM9DDB para o esforço de Dia dos Namorados da C&A. O órgão considerou que havia "carga exagerada de erotismo" nas mensagens e determinou a interrupção da veiculação em todas as mídias. O processo aberto por denúncias de consumidores foi julgado nesta quinta-feira, 5, por um dos relatores do Conar - que não divulga o nome do responsável pela decisão.

A C&A poderia acionar o Conar pedindo a revogação da medida liminar, mas já decidiu que irá reformular a campanha de modo a adequá-la à decisão do Conselho. A nova versão do comercial, sem a expressão "papai-mamãe" estréia nas principais redes nacionais já na noite desta sexta-feira, 6. O anunciante optou pela remodelação para não ficar fora da mídia neste fim de semana que antecede o 12 de junho, uma das datas mais importantes para o comércio nacional.

Segundo o presidente da DM9DDB, Sérgio Valente, a campanha continuará no ar com um enfoque mais promocional que já estava previsto. "Fizemos as modificações que foram motivo de discórdia, como retirar a expressão 'papai-mamãe', considerada ofensiva pelo Conar", frisa.

A rede de lojas também resolveu recolher o catálogo que vinha distribuindo nos pontos-de-venda, em virtude da "repercussão gerada" nos consumidores que reclamaram da conotação etótica do material. Comunicado oficial do anunciante diz ainda que "em nenhum momento, a C&A teve a intenção de provocar constrangimento", acrescentando que em seus 32 anos de atuação no Brasil, a publicidade da rede "sempre foi reconhecida por sua qualidade e inovação".
Estrelada pela modelo Daniella Sarahyba a campanha de Dia dos Namorados da C&A estreou no dia 28 de maio, com o slogan "Papai-mamãe não. No Dia dos Namorados, surpreenda com C&A". Este foi o primeiro esforço criado para o anunciante pela DM9DDB, que conquistou a conta no fim do ano passado.

A campanha também foi considerada inadequada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que enviou ao Conar suas considerações nesta sexta-feira, 6. Elas serão anexadas ao processo que já está em andamento. Para o Idec, a campanha contraria artigos do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e do próprio Conar, já que "estimula a juventude a um comportamento sexual irresponsável", além de "denegrir valores familiares". O instituto pediu também que o Ministério Público Federal (MPF) e o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) tomem as providências cabíveis em relação à campanha.

Saiu no M&M Online

Na minha opinião acho que a campanha quis ser ousada e criativa...mais terminou perdendo o foco para o lado do erotismo e ferindo os valores familiares.

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